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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Conseqüência Final do Feminismo, Parte II


Penúltimo artigo sobre a Teoria do Ginocentrismo.

Artigos anteriores desta teoria:

Leitura Nº 1: Olhando Fixamente para fora do Abismo
Leitura Nº 2: A Mesma História Repetida
Leitura Nº 3: Refutando o Apelo ao Dicionário
Leitura Nº 4: "Pig Latin"¹ – Brincando com as palavras
Leitura Nº 5: Anatomia de uma Ideologia da Vitimização
Leitura Nº 6: Vinho Velho, Garrafas Novas
Leitura Nº 7: O Pessoal em Contraste ao Político
Leitura Nº 8: Perseguindo Arco-íris
Leitura Nº 9: Falsa Consciência e Manipulação-Kafka
Leitura Nº 10: A Conseqüência Final do Feminismo, Parte I

Por Adam Kostakis

Leitura Nº 11

“A propaganda1, como patriotismo invertido, alimenta-se dos pecados do inimigo. Se não houver pecados, ela inventa-os! O objetivo é fazer com que o inimigo pareça um monstro tão grande que ele perca os direitos de um ser humano.” — Sir Ian Hamilton

A destruição física do ser masculino é a consequência lógica da governança feminista. Quanto mais houver governança feminista, mais haverá perseguição antimasculina, e mais próximo do Holocausto nos encontraremos. Mais feminismo não irá resultar em uma maior igualdade entre homens e mulheres. Mais feminismo não é a solução para os problemas enfrentados pelos Ativistas dos Direitos dos Homens. O feminismo é o problema. E como poderia ser diferente? As feministas acreditam que há uma dívida para com elas de responsabilidade de todos os homens, e elas estão perfeitamente contentes em recuperar esta dívida em meio a sangue e sofrimento. Não importa quanta dor elas infligem ao mundo, isso nunca será o suficiente para saciar suas emoções violentas, vingativas. Pelo contrário, quanto mais mal elas infligem aos homens, mais normalizado isso se torna, e — como uma toxicodependência —  elas vão precisar de doses cada vez mais “altas” para satisfazer o ódio, culminando com a Punição Final, a erradicação total dos homens.

Observe que eu não estou usando meias palavras. Eu não vou pegar leve em torno deste assunto. Não recorrerei ao eufemismo ou esconderei a minha mensagem nas “entrelinhas”. Eu não vou deixá-lo com a mera insinuação de que o Holocausto Masculino seja a conseqüência final do feminismo, antes de passar rapidamente a falar de outras coisas, como se ventilar a idéia devesse causar um constrangimento no interlocutor. Estou plenamente ciente de que a minha visão é uma visão marginal do feminismo, e pode ser considerada por alguns como “extrema”, mas a verdade é que o mal-entendido e a deturpação generalizados do que é o feminismo são apenas mais um sintoma da doença sobre a qual estou descrevendo. Vou afirmar, com toda a franqueza, que esta é a conclusão à qual cheguei, depois de ter considerado todas as evidências disponíveis, e é uma conclusão que eu não encorajaria ninguém a tomar de ânimo leve. A iminente tentativa de erradicação de metade da raça humana exige a escrita desimbuída de leviandade ou fantasia. Isso não me permite entrar em debate civil com aquelas que estão se esforçando por essa erradicação ou que estariam aclamando-a à margem. Não há nenhuma matéria em questão para um respeitoso intercâmbio de opiniões com essas pessoas; a própria idéia parece, para mim, ser uma feia paródia do discurso verdadeiramente civilizado — algo como Neville Chamberlain tentando apaziguar Adolf Hitler. Não, o meu objetivo é convencer o maior número de pessoas possível de que esta é, de fato, a verdade, e, portanto, impulsioná-las a fazer o que podem para impedir uma catástrofe humana antes que ela comece. Para esse efeito, vou descrever as coisas tais como elas são, e denominar as inimigas da humanidade como eu as vejo — e elas são as feministas, que estão neste exato momento, enquanto você lê estas palavras, trabalhando duro para estampar esse selo oficial em seu princípio fundamental de Culpa Coletiva Masculina.



Não importa o quão longe na toca do coelho ela tenha descido, a feminista é sabedora, em algum nível, do fato de que uma pessoa deve realmente ter cometido um crime para que possa ser culpada disso. Inicialmente, este fato aparece diante dela, fantasmático, como uma verdade inconveniente, um ponto de atrito, irritante — como um nó na garganta, ou um cisco no olho, que simplesmente não sai. Esta verdade irritante é um interceptor lógico, uma pilha de destroços deixados em uma via. Ela se pergunta: — “Devo parar e virar para algum lugar? O meu feminismo, este veículo maravilhoso para a minha catarse, pode ser reconciliado com os meus pressupostos de individualidade humana e imparcialidade legal?” É claro que não é possível, e se ela continua a ser uma feminista, ela abandona estes últimos. Tratar as pessoas como indivíduos destrói qualquer apelo legítimo à Culpa Coletiva e à Punição Coletiva, e vice-versa: a subscrição de noções de Culpa Coletiva e de Punição Coletiva nega a possibilidade de tratar as pessoas como indivíduos. Tendo feito a sua escolha, ela ignora esta verdade, que as pessoas devem cometer individualmente os atos para que se sintam individualmente responsáveis por eles. Isso se torna irrelevante; a vingança fala mais alto em sua lista de prioridades. A responsabilidade individual deixou de ser relevante para ela, e deveria deixar de ser relevante para os outros também. Aqueles que a fazem lembrar disso, são atacados (à base de táticas de constrangimento) e, finalmente, o próprio fato é atacado. A responsabilidade individual seria o produto da falsa consciência; todos os homens carregariam culpa. O essencialismo biológico, que já foi a característica típica da extrema direita fascista, é ressuscitado como justificador da Nova Esquerda autoritária.

Feministas não têm interesse pela verdade. Elas não formulam seus princípios com base na análise das verdades colhidas. O ponto de partida para todo o feminismo é a emoção misândrica, e os princípios subseqüentes são formulados em cima disso. A verdade torna-se, na maioria das vezes, secundária. Ela é muito apreciada quando parece coincidir com os argumentos feministas, e atacada diretamente quando não; aí neste caso, ela é irrelevante. Os fatos tornam-se uma ferramenta do patriarcado; o feminismo tem por objetivo elevar as paixões e vontades subjetivas ao mesmo nível das coisas que são objetivamente verificadas.

As detratoras permanecem, é claro, ressaltando as delicadas, inconvenientes e irrefutáveis “verdades”. Por exemplo: mesmo que aceitemos o falacioso argumento de que uma em cada quatro mulheres é estuprada, isso implicaria que, no máximo, um em cada quatro homens comete estupro, supondo que cada estuprador cometa apenas um estupro. Mas isso não é muito realista, uma vez que sabemos que existem estupradores em série, cuja reincidência levaria o número de culpados para baixo significativamente. Poderia qualquer pessoa que apregoa o número “uma em cada quatro” discordar realisticamente desta avaliação? Tais pessoas são obrigadas a concluir, conosco, que pelo menos três quartos dos homens nunca estupraram e nunca estuprarão ninguém; em outras palavras, eles são comprovadamente não-estupradores. Não é monstruoso, então, pichar cem por cento de um grupo da população pelos crimes cometidos por menos de um quarto desse grupo? Talvez devêssemos realizar comícios, no estilo do Take Back the Night e similares, no qual cantaríamos “três-em-quatro! Três-em-quatro!” até que as pessoas recebessem a mensagem de que a esmagadora maioria dos homens não são estupradores e não merecem ser rotulados como tal. O que você acha?

Seja qual for o caso, a Culpa Coletiva deveria ser descartada — mas nós subestimamos a criatividade feminista. Enquanto algumas das seguidoras mais dementes do feminismo têm afirmado que “toda relação sexual é estupro”, transformando quase todos os homens em estupradores por terem praticado sexo consensual em algum momento, inclusive aquele iniciado por mulheres — a maior parte da “terceira onda” gravitou para uma racionalização fajuta de que uma “cultura do estupro” persiste em massa entre os homens. A doutrina da cultura do estupro sustenta que, apesar de uma minoria de homens de fato cometer o ato de estupro, os outros setenta e cinco por cento (ou, se quisermos ser realistas, uma porcentagem significativa maior) estariam aclamando-os à margem, vicariamente tendo prazer no conhecimento de que as mulheres estão sendo atacadas sexualmente. A Culpa Coletiva, então, estaria assegurada. E a verdade — que os homens são mais histriônicos do que as mulheres quando se trata de alegações de estupro — torna-se imaterial e poderia seguramente ser negada ou ignorada. Outros exemplos de criatividade feminista — como encontrar formas inovadoras para culpar todos os homens pelos crimes de um pequeno número — podem ser encontrados em todos os assuntos sobre os quais elas escrevem a respeito. Eu não vou enumerá-los aqui porque nossa discussão deve avançar. Bastará dizer que toda essa criatividade resolveria o mito do “patriarcado” — que cada um dos homens que não controlam ou não abusam de mulheres, não obstante, de alguma forma, simplesmente porque eles são homens, estariam apoiando ativamente os processos por meio dos quais os outros homens controlam as mulheres. A única coisa que um homem deve fazer para ser culpado disso é apenas ser do sexo masculino; logo, ele torna-se culpado apenas por existir. Toda criatividade feminista de culpa-masculina é uma variação no tema bio-essencialista, e tudo isso serve para legitimar a Culpa Coletiva e a Punição Coletiva.

O processo de destruição dos homens e de tudo aquilo que é característico do sexo masculino não necessariamente seguirá um plano definido. E nem precisa! Até hoje, os historiadores continuam a debater se alguma vez houve uma ordem direta dada para a Solução Final, ou se o Holocausto foi o resultado da radicalização cumulativa dentro da burocracia estatal totalitária e anti-semita da Alemanha Nazista. No mínimo é possível imaginar, então, que o assassinato de milhões de pessoas pode ser alcançado de forma orgânica após um período significativo de demonização que deixa a maior parte da população indiferente (senão hostil) para com o bode expiatório. Pouquíssimas pessoas são realmente necessárias para levar a cabo um genocídio — geralmente menos de dez por cento de uma população, muitas vezes menos do que cinco. A indiferença é tudo o que é exigido da população restante.

Dito isto, há pelo menos um plano explícito para o Holocausto Masculino, o qual, decididamente, não foi escrito como uma sátira, mesmo que a sua autora tenha posteriormente ignorado questões preocupantes com essa alegação. Enquanto o SCUM Manifesto é sempre lembrado hoje como uma relíquia bizarra que em nada representava o feminismo convencional, é importante ressaltar que o texto só alcançou o status de “clássico” por causa de sua imensa popularidade. Mesmo que nós o distorcêssemos, levando-nos a crer que Valerie Solanas tinha a intenção de fazer do texto uma brincadeira, não podemos acreditar o mesmo de suas seguidoras. Destas, talvez a mais famosa seja Robin Morgan, que incluiu trechos do SCUM em sua antologia A Irmandade é Poderosa, e declarou seu objetivo sincero de que a “Revolução Feminista” não iria conseguir “um estado falso de igualdade”, mas “um altivo mundo ginocrático.”

Ainda assim, o SCUM não chega a conter todos os planos para o extermínio do sexo masculino. O projeto feminista não seguiu o SCUM ao pé da letra, isso, talvez, porque não haja nenhuma letra a seguir. O texto é mais uma declaração do que um programa; é o violento, o emocionalismo vingativo desnudado, a desmascarada e feia face do feminismo, o conteúdo dissecado de uma bomba suja anteriormente disfarçada de presente de aniversário. No longo prazo, a publicação do SCUM provavelmente beneficiou, sobretudo, os antifeministas. Ele é a prova de que o feminismo apóia, pelo menos em parte, a supremacia feminina e a eliminação dos homens; e que esses pontos de vista, quando começaram a ser divulgados, foram recebidos com apoio suficiente do setor feminista, tornando, assim, o livro famoso. Será que as feministas de hoje estariam tão desdenhosas do SCUM se antifeministas não tivessem se valido dele como prova?

Retomando o assunto: enquanto certamente há pessoas que trabalham dentro de burocracias estatais cujo principal objetivo na vida é fazer com que os homens sofram — e, de fato, os departamentos do governo foram criados para este fim — uma ordem oficial para eliminar os homens (ainda) não foi dada, até onde sabemos. Mas não é preciso que ela seja dada, pois a situação pode acontecer organicamente. Durante décadas, os homens têm sido sujeitos à pior demonização possível nos meios de comunicação de massa — inclusive, como no início deste ano, onde bebês recém-nascidos foram retratados como inerentemente maus, estupradores-anunciados. As calúnias feitas contra todos os homens, as quais não podem ser justificadas com o pretexto de que estão apenas dissuadindo aquele pequeno número de homens dispostos a cometer crimes, são típicas de uma campanha de desumanização. Os objetivos desta longa cruzada de ódio são três. Em primeiro lugar, que as mulheres, ao serem expostas ao ciclo de ódio feminista sendo repetido interminavelmente, adotem a visão de que os homens são violentos, opressores desumanos, e que sejam, portanto, merecedores de todo o mal que eles sofrem. Embora a maioria das mulheres, inicialmente, irá se opor a esta mensagem, o ciclo de ódio repetido indefinidamente, por ser tão persistente e generalizado, acabará por quebrar a resistência psicológica. Depois que o ciclo de ódio tiver ganhado força o suficiente para continuar de forma independente, e for se tornando maior o tempo todo, como uma bola de neve rolando morro abaixo, então nossos “guardiães culturais” necessitarão apenas intervir, ocasionalmente, a fim de ajustar o seu conteúdo. Por exemplo, não era suficiente que uma mulher tivesse medo apenas de “homens estranhos”; tiveram que transmitir a ela que seu próprio marido, seu pai, seu filho, etc, são células ativadas no “patriarcado” que estão oprimindo-a, e que cada um deles é um “violador em potencial”, e assim por diante.

O segundo objetivo da campanha de desumanização é conseguir que os homens voltem-se uns contra os outros. Que isso faz parte da metodologia feminista não é de se surpreender, já que a exploração da masculinidade e da musculatura física masculina, para serem usadas contra outros homens em benefício das mulheres, é o elemento central do Ginocentrismo histórico. E com os apelos aos homens poderosos para que estes aprovem uma legislação punitiva que permita a brutalização de seus irmãos menos poderosos, as feministas estabelecem uma cisão entre os homens comuns. Ao promover aos homens a mensagem de que seu próprio sexo é cheio de estupradores, abusadores e pedófilos, os homens estarão menos inclinados a se identificar com os outros homens, ou com os homens em geral, e muito menos sentir-se-ão no caminho do apoio mútuo ou da simpatia mútua. Mesmo que a indústria das queixas sexuais expanda indefinidamente os significados das palavras comoventes como “estupro”, “violência” e “pedofilia”, qualquer homem acusado (nem mesmo responsável, muito menos condenado) por qualquer destes atos torna-se uma persona non grata entre o seu próprio sexo. Pior ainda, o homem falsamente acusado (ou o homem “culpado” de acordo com as novas definições desses termos) encontrar-se-á vítima da justiça pelas próprias mãos de homens indignados que engoliram a linha feminista de que os abusadores do sexo masculino se alastraram por todos os lugares (e que, portanto, este homem acusado deve ser culpado). Quando os falsamente acusados e os recém-criminalizados estiverem sendo carregados em vagões de trem para deportação a campos de extermínio, os homens que ainda não tiverem sido acusados irão virar a cabeça, consolando-se com o pensamento de que aqueles homens devem ser realmente abusadores, e que por isso são merecedores de tudo o que vier acontecer a eles. Os homens que ainda não forem acusados se deixarão enganar por uma falsa sensação de segurança, acreditando que eles estarão seguros, desde que continuem a obedecer ao Estado feminista.

O terceiro objetivo da campanha de desumanização é normalizar a brutalidade contra os homens. As feministas estão fervendo o sapo, como diz o provérbio. A brutalização cumulativa dos homens ocorre em incrementos, cada um dos quais parece ser questionável, mas não tão terrivelmente (exceto, talvez, para aqueles que estão prestando atenção suficiente para perceber o despotismo sorrateiro). Neste exato momento, temos passado por situações que teriam provocado os homens a se derramarem sobre as ruas em revolta, caso eles tivessem percebido de uma vez por todas — a escravização dos homens pelas varas de família e leis de apoio à criança; julgamentos de estupro realizados em segredo e sem um júri na Suécia; a negação da presunção de inocência para os homens em vários Estados; as leis de detenção obrigatória para homens que chamam a polícia pelo fato de suas namoradas terem cravado facas em seus peitos; o fato dos homens serem encarcerados e vendidos como escravos sexuais nas prisões para devedores porque suas esposas ficaram simplesmente aborrecidas, e assim por diante.



Como a brutalização dos homens torna-se a norma, praticada por mais e mais pessoas, um número maior de misandristas ficará encorajado a colocar em ação o seu ódio. O feminismo não implica “perda de privilégios” dos homens, ou sofrimento destes por pouco tempo, até que os dois sexos estejam em equilíbrio e a vida torne-se uma perfeita harmonia. Quanto mais feminismo houver, mais as coisas ficarão piores para os homens, até o ponto de extermínio. O nível de perseguição corresponde precisamente ao nível de governança feminista. Quando uma grande massa de burocratas feministas lança-se ao trabalho, encontrando formas inovadoras para perseguir os homens, cada burocrata feminista percebe que não há limite para a sua impunidade.

Eu gostaria de falar um pouco mais sobre exatamente o porquê disso acontecer. Desde seus primeiros dias, o feminismo foi concebido como uma guerra cultural. Fazer da perseguição misândrica uma realidade, significaria que a desumanização e a brutalização dos homens tinham que se tornar um fenômeno normalizado — ruído de fundo; aqueles aspectos da existência que ninguém move uma pálpebra sequer; aqueles fatos da vida que os adultos se conformam; o dissabor pelo qual pode ser explicado por mantras derrotistas tais como “é assim que as coisas são”; “é uma porcaria, mas o que podemos fazer sobre isso?”; e “homens e mulheres são diferentes, por isso seja homem e aceite isso.” Criar este tipo de indiferença hostil para com os Direitos dos Homens era necessário porque esse é o alicerce sobre o qual a perseguição ativa fica de pé. Dizer que a indiferença hostil tem se tornado normalizada é outra maneira de dizer que é normal as pessoas praticarem a indiferença hostil. Em outras palavras, basta que as pessoas pratiquem a indiferença hostil para que isso seja considerado normal. Ou seja, se um grande número de pessoas pratica a indiferença hostil, e elas não são chamadas à atenção por isso, é porque é suficientemente comum descartar a possibilidade de que indivíduos sejam chamados à atenção por isso.

O que temos, então, é a indiferença hostil para com homens como uma característica de todo um organismo social, e é dentro de burocracias estatais que as feministas se reúnem para construir perseguição ativa em cima dessa indiferença hostil normalizada. A hostilidade e a indiferença para com os homens permitem a elas que saiam impunes disso, porque isso proporciona a cada pessoa misândrica, o anonimato e a irresponsabilidade. Ela não cria esta situação; ela não é pessoalmente responsável por isso. Ela não é a única pressionando pela perseguição ativa; todas as outras são (no mínimo) indiferentes a este respeito, ou seja, existem muitas outras trabalhando no mesmo sentido. Sendo antecipadamente “deixadas impunes” por meio do anonimato e da irresponsabilidade, cada feminista faz parte de um bando cujos membros podem desfrutar de um sentimento de poder invencível, o que lhes permite ceder a emoções que, do contrário, teriam sido contidas. Considerações puramente numéricas — a força delas em números — permitem a cada operadora se livrar de todas as questões de culpa e culpabilidade. Elas se tornam meras engrenagens, cuja existência e cujo propósito ficam sem sentido quando elas são separadas da máquina maior. Elas simplesmente fazem o que lhes é dito; elas simplesmente “se alinham” com o que todas as outras estão fazendo — algo aparentemente inofensivo, normal e respeitável.

Onde um Estado procura atingir alguma meta ideológica, sua burocracia torna-se o modelo arquetípico da consciência humana esmagada pela psicologia das massas. Todo coletivo age coletivamente, isto é, sem nenhuma pausa para permitir que os indivíduos reflitam, sem consultar os indivíduos, sem exigir que eles dêem seu parecer de forma entusiástica. O coletivo age com imediatismo, de acordo com a sua vontade, não deixando absolutamente nenhum espaço para críticas de indivíduos de dentro ou de fora. Os indivíduos dentro do coletivo agem como todos os outros. Eles são, por definição, anônimos e livres de qualquer responsabilidade. Entusiasmados com uma idéia, e entregando-se ao poder dos números, um coletivo não permite ou não admite que alguma coisa possa impedir o cumprimento da sua vontade.

O bando feminista age da mesma forma que todos os coletivos que se baseiam em uma ideologia agem — ampliam as minúsculas transgressões feitas contra o coletivo e banalizam as atrocidades perpetradas contra os outros. Um exemplo quase perfeito disso vem do site feminista Sociological Images. Em primeiro lugar, a ampliação do minúsculo. Em setembro de 2010, uma das autoras do site anunciou sua indignação quanto a uma linha de réguas (isto é, aquelas varetas de medição) que celebrava grandes cientistas da história, que incluía Marie Curie sob o título “Grandes Mulheres - Réguas da Ciência”2. Uma “terrível injustiça”, não é? Ainda que, neste momento, possamos simplesmente supor que aquelas pessoas que estão se habituando ao blog sejam sensíveis, encontrando-se facilmente ofendidas por qualquer coisa na vida — podemos imaginar que elas sentir-se-iam da mesma forma quando se deparassem com alguma versão equivalente dessas réguas com os sexos invertidos.

Poderíamos pensar que este é o caso, até o momento em que formos até a seção de comentários e encontrarmos uma acusação de que o site A Voice for Men do Paul Elam nada mais é que uma carga de “choradeiras”. Ora, nas duas semanas anteriores ao comentário feito, A Voice for Men havia discutido o seguinte:

Um estado policial que prende e encarcera homens vítimas de violência doméstica e que permite que agressoras do sexo feminino continuem com seu comportamento criminoso; uma diferença de dez mortes para uma, no que diz respeito a pena de morte aplicada contra os homens em relação às mulheres; uma diferença de cinco mortes de homens para uma de mulher, relacionadas ao suicídio; a evasão impressionante de homens no ensino superior e nos empregos; a total falta de direitos reprodutivos para os homens, e a incidência de falsas acusações de estupro contra os homens, onde até mesmo a polícia está chamando de epidemia.

À primeira vista, a dissonância cognitiva é espantosa. Poderia a feminista realmente descartar a discussão de tais questões de interesse humano como estas, enquanto seu próprio contramovimento não tem nada mais desagradável para falar a não ser de títulos em réguas (as quais na verdade estão destacando, de forma clara, o fato de ter havido grandes mulheres cientistas)?

Como Paul sucintamente colocou, “a choradeira das mulheres [é encarada como] = busca da justiça. Já a busca dos homens pela justiça [é encarada como] = choradeira”. Seguindo estas máximas simples, as feministas aderem perfeitamente aos elementos sombrios da psicologia das massas: ampliam o minúsculo quando se refere a elas, e banalizam atrocidades quando estas são cometidas contra os outros.

Tal como todos os outros coletivos regidos pelos princípios da psicologia das massas, as feministas têm uma tendência para o poder da sugestão: o de que uma idéia só precisa ser falada em voz alta para que possa ser tomada como a verdade completa. Naturalmente, isso só funciona com certos tipos de idéias — a maioria, obviamente, aquelas que ajudam na ampliação do minúsculo, mas não certamente aquelas que chamam a atenção para as atrocidades não-triviais sofridas pelos outros. Não importa que os gritos sobre estupro sugiram — “Uma em cada quatro” — e sejam baseados em um estudo cuja metodologia é tão viciada que qualquer pesquisador sério teria transferido diretamente da impressora para aquele grande recipiente circular. Mulheres jovens continuarão a ir para as ruas cantando — “uma em cada quatro! Uma em cada quatro!” — Por que razão? Porque, terem sido transgredidas de tal maneira, serve à multidão, pois isso confere a elas aqueles sentimentos de justa indignação, os quais servem como um trampolim a partir do qual elas podem dar início à perseguição ativa contra a classe direcionada. Nenhum indivíduo precisará se preocupar em checar os fatos, e a multidão, de qualquer maneira, não prestará nenhuma atenção naqueles que os fabricaram. Como exemplo desse poder de sugestão em ação dentro de uma burocracia estatal feminista, não precisamos ir além da ex-ministra do Reino Unido para as Mulheres e Igualdade, Harriet Harman, que finalmente foi ordenada por uma juíza a parar de circular a mentira de que o estupro tem apenas uma taxa de condenação de seis por cento. Mesmo assim, grupos de defesa contra o estupro, como o Women Against Rape, têm continuado a se referir a esses números completamente inventados. Evidenciando que as próprias comprovações são uma questão insignificante, e que estão subordinadas à necessidade de incitar o bando.



O poder da sugestão é particularmente acentuado no meio do público feminista, pois este é, na sua maioria, composto de mulheres, e as mulheres são mais impressionáveis que os homens. Esta não é uma diferença inerente entre os sexos, mas sim, um defeito socializado. Uma vida de privilégios, de exploração parasitária e de direitos, do sumo dos frutos do trabalho de outro, deixou muitas mulheres desprovidas de caráter, com visões de mundo irrealistas, que as deixaram abertas a certos tipos de manipulação pelos quais os homens não se deixam enganar tão facilmente. O feminismo é o óleo de cobra3 ideológico, e as mulheres impressionáveis são seus clientes. Se uma idéia as estimula, se essa estatística de uma em quatro envia um arrepio em suas espinhas, se faz com que elas sintam algo tão forte, então deve haver ao menos um elemento verdadeiro nisso — de modo que os processos mentais inconscientes operem. Como pode algo que não é real afetar a feminista de uma forma que pareça tão real? Impossível, poder-se-ia pensar. Mas depois que as feministas compreenderam e se deram conta da influenciabilidade das mulheres, as feministas tiveram apenas que apresentar chocantes estatísticas que, quando incessantemente recitadas, até o ponto que estas se tornassem ruído de fundo, existissem em algum plano para além da verdade e da falsidade, no plano do consenso popular, e por isso não pudessem ser refutadas por evidências, as quais a maioria dos homens teria exigido ao ouvir de início essas alegações.

Pela mesma razão, encontramos as tendências entre feministas: simplificar e, imediatamente, ir a extremos. Um exemplo excepcional de violência contra a mulher torna-se, para as feministas, a regra que é praticada contra todas as mulheres, em todos os lugares. Um estudante universitário fazendo uma piada de estupro aos seus irmãos de fraternidade torna-se um microcosmo de toda uma sociedade. No mesmo contexto, fazer uma piada de estupro é a mesma coisa que, para as feministas, fazer apologia ao estupro real de seres humanos. Não há espaço para nuances, nem explicações para os mil tons de cinza que existem entre o preto e o branco; apenas duas cores percebidas pelas monocromáticas essencialistas maniqueístas. Uma piada de estupro pode, de forma concebível e coerente, ser feita por pessoas que abranjam todo o espectro de opinião sobre o estupro, da mesma forma que as pessoas podem fazer piadas sobre bebês mortos, mesmo que sejam piadas sem graça, sem necessariamente estarem apoiando ou contribuindo para o infanticídio. Isso é o que diz o bom senso, mas o bom senso não excita as paixões dos bandos ideológicos. Coletivos, tais como o feminismo, valem-se, para a sua compreensão comum, de uma total falta de nuance — para apelar infalivelmente a todos os seus seguidores, a um coletivo ideológico que deve propagar um pequeno número de idéias simplistas, excitantes, imagéticas. No caso do feminismo, que é um coletivo ideológico baseado na validação de sentimentos violentos e vingativos realizados em relação aos homens, não devemos ficar surpresos ao descobrir que essas idéias imagéticas são tantas vezes caracterizadas pela violência.

A validação das idéias imaturas, simplistas, exageradas, generalizadas e extremas do feminismo resulta em violenta emoção como um princípio orientador de justiça — em outras palavras, a Culpa Coletiva e a Punição Coletiva que eu já havia discutido. A jurisprudência feminista flui diretamente das emoções violentas e antimasculinas de cada operadora feminista; emoções que são, por sua vez, validadas pelo coletivo ideológico que construiu com sucesso um clima de indiferença hostil para com os homens. Não há nem mesmo a pretensão de imparcialidade na jurisprudência feminista — ela é abertamente “antinormativa”, procurando condições favoráveis para mulheres criminosas, enquanto ampliam indefinidamente o escopo de desvio masculino punível. Aquelas que a defendem e praticam estão assumindo seu sexismo vingativo, e suas reformas continuam “voando sob o radar”, passando despercebidas. Estamos caminhando para a perseguição explícita aos homens porque não há nenhum outro lugar onde tudo isso possa chegar, e porque há pouquíssimas pessoas dispostas ou informadas o suficiente para se levantar e dizer “não”.

Para aqueles que negam que o feminismo tolera e defende a violência contra os homens, eu preciso apenas direcioná-los às próprias criações delas. Aqui está o banner do site feminista Feministe:



Agora, apesar do conteúdo relativamente manso deste determinado site, não parece imaginável que o alvo da arma de fogo desta pequena garota seja um homem adulto? Trata-se de um truque engenhoso, porque o alvo não é mostrado, permitindo a negativa plausível por parte dos membros do site. Afinal, as feministas não atiram nas pessoas, atiram? Como Fidelbogen coloca:

Tente olhar para a menina em contexto com a palavra FEMINISTE a qual está diretamente atrás dela. Observe a sinergia entre os dois elementos, como eles se combinam em uma unidade visual-conceitual da mensagem — efetivamente ampliando e reforçando um ao outro.

Seguindo em frente, podemos prestar atenção na hilária ironia das feministas, expressando preocupações sobre a possibilidade do Pick-Up Artist4, Roosh Vorek, ser violento, enquanto simultaneamente elas fazem ameaças violentas contra ele:

Eu tenho que descobrir o seu verdadeiro nome, e então, se algum dia eu encontrá-lo por aí, eu poderei dar um soco surpresa nos genitais dele.
Eu penso que Roosh seja um grande exemplo ... daquilo que realmente precisa ser expurgado.
Pergunto-me se o blog dele não é violento o suficiente para notificá-lo ao gabinete da promotoria.

Eu me faço essa pergunta também. Mas o que mais eu me pergunto é por que a frase “dissonância cognitiva” é usada a torto e a direito por antifeministas em situações como estas, uma vez que o comportamento das feministas é perfeitamente coerente. O que acontece é que elas têm ampliado todas as minúsculas transgressões contra as mulheres — por exemplo, um comentário vagamente insultante de um Pick-Up Artist — e têm banalizado todas as atrocidades contra os homens. Quando se considera que as manobras feministas são todas caracterizadas por padrões duplos nas suas relações com homens e mulheres, compreender-se-á que não há “dissonância” de maneira nenhuma aqui, cognitiva ou não — o seu comportamento é totalmente coerente com seus dois pressupostos: o de que todos os inconvenientes que uma mulher enfrenta é uma tragédia humanitária, e o de que os que homens enfrentam não significam absolutamente nada. Assim, após décadas de um ranger de dentes feminista a respeito dos “horrores da violência doméstica”, falando de como este é um assunto tão sério, e que nunca deveria ser levado na brincadeira ou tomado de ânimo leve, agora vemos o site feminista Jezebel produzindo um infame artigo se regozijando sobre a maior incidência de violência doméstica perpetrada por mulheres, e emitindo ameaças diretas aos homens em geral, onde as autoras do site prometem que vão agir de forma abusiva em relação aos homens sempre que eles “ferrarem com” elas.  Mas como os homens são as vítimas, torna-se aceitável postar fotos de homens agredidos de forma cômica; referir-se ao abuso perpetrado por mulheres como “chutar a bunda deles”; referir-se a vítimas do sexo masculino como “os caras”, e empregar-se táticas de constrangimento de forma velada, impingindo culpa nos próprios homens por eles não reagirem. Se você clicar no link, confira os comentários, por gentileza — certifique-se de clicar em “Todos” e role para baixo para ter uma idéia adequada do que as feministas realmente são quando elas pensam que estão seguramente fora dos olhares do mundo.

As idéias imagéticas que o feminismo emprega não são ligadas por vínculos lógicos, embora sejam todas coerentes na base, porque todas elas contribuem para o aumento do poder das mulheres. Para os leigos, parece que as várias peripécias de ativistas feministas não são todas conectadas, e que as idéias mais diferentes e contraditórias não são compatíveis. Por exemplo, as feministas, simultaneamente, defendem a censura da pornografia softcore5 dirigida a homens e lamentam que não existe, para o consumo das mulheres, uma pornografia mais explícita, com homens nus e excitados. Isso só leva a uma balbuciação de acusações de “dissonância cognitiva” quando tomamos como certo que as feministas assumem que a sua própria filosofia seja universalizável. Se elas assumissem isso — se seu objetivo fosse realmente a igualdade entre os sexos e a imparcialidade — então seria de fato verdade que as feministas seriam irracionais e poder-se-ia dizer que elas sofrem de dissonância cognitiva. Mas este não é o caso. Sua filosofia não se destina a ser universalizável. O objetivo não é a aplicação de um padrão uniforme para homens e mulheres, é fazer com que as mulheres atinjam cada vez mais uma posição de superioridade, e que os homens desçam a uma condição cada vez mais de inferioridade. É conceder mais direitos às mulheres, por tempo indeterminado, e forçar novas obrigações para os homens, por tempo indeterminado. Dois pesos e duas medidas são a regra feminista, não a exceção.

E qual é a conseqüência lógica — se amanhã, por exemplo, as feministas conquistarem tudo aquilo que elas estão defendendo hoje? Estaríamos mergulhados imediatamente em um sistema de dois níveis de direitos e obrigações, onde homens e mulheres formariam castas distintas de cidadão; a primeira sobrecarregada pelas obrigações que permitiriam a esta última a deleitar-se com a sua autonomia total. As mulheres viveriam literalmente sem lei, enquanto que cada movimento dos homens seria ditado de cima, voltado para o objetivo de prover todas as necessidades e desejos femininos. Não seria impróprio chamar tal sistema de feudalismo sexual, e, cada vez que leio um artigo feminista, esta é a impressão que eu tenho: que elas estão a construir uma nova aristocracia, composta apenas de mulheres, enquanto os homens permanecerão excluídos, serão obrigados a cultivar nos campos, lutar nos exércitos delas, e rastejar aos pés delas por salários de fome. Toda inovação e toda legislação feminista criam novos direitos para as mulheres e novos deveres para os homens; assim isso tenderá para a criação de uma classe inferior masculina, a realização da qual será o primeiro passo para o extermínio dos homens.

Atualmente, o feminismo exibe todas as características de um perigoso movimento prestes a se tornar fascista: suas seguidoras exigem submissão cega a dogmas, elas são incapazes de discutir os seus princípios, elas desejam disseminar sua ideologia (por qualquer meio necessário), elas são intolerantes com aqueles que não adotam essa ideologia, elas imediatamente apressam-se em generalizações, elas exigem autenticidade e conformidade a um rigoroso padrão de moralidade, e elas utilizam a retórica bio-essencialista e imagens violentas para denegrir os seus alvos. A (literalmente freqüente) desumanização dos homens, juntamente com a governança feminista, não poderia levar a nenhum outro lugar que não a aplicação da Punição Coletiva, o ponto final idealizado de um princípio de justiça baseado na validação de emoções violentas, primitivas. Nem um pingo de simpatia, de sentimento humano para com os seus semelhantes, é para ser sentido em relação a homens inocentes sujeitos às piores atrocidades.

O Holocausto é a visão utópica final de algumas feministas radicais, e elas estão perfeitamente abertas sobre isso, discutindo o mundo do futuro, livre dos homens, tão insipidamente, como se elas estivessem discutindo planos para férias. Outras feministas radicais imaginam um futuro em que os números de homens serão muito reduzidos, e que os homens restantes deverão ser mantidos como escravos. Outras ainda sonham com uma sociedade semelhante à nossa, mas com mulheres na liderança em todas as esferas da vida, com toda a pretensão à igualdade abandonada. Feministas Bem-intencionadas, entretanto, não necessariamente planejam qualquer um desses resultados, mas como elas são membros do coletivo, elas irão atuar como membros do coletivo, e mesmo que elas não participem da perseguição ativa aos homens, elas serão proibidas — como uma regra tácita — de exibir, de nenhuma maneira, qualquer simpatia pelos homens, não importa o quanto eles venham a sofrer. Aquelas que o fizerem serão prontamente expulsas, rotuladas de antifeministas, e sujeitas a ataques ferozes por parte do grupo. Nenhuma feminista irá abandonar o processo de eliminação dos homens, nem sentirá qualquer arrependimento depois de concluído, enquanto ela continuar sendo uma feminista.

A destruição dos homens não requer nem mesmo que uma maioria de feministas esteja “a bordo”; é um processo orgânico que se desenvolve naturalmente no tempo, e depois que um certo ponto for ultrapassado, não haverá nenhuma interrupção do intento. Mulheres como Hannah Rosin, que não desejam a igualdade, mas a supremacia feminina, com os homens sendo uma classe inferior permanente, descobrirão que as forças psíquicas que as levaram a agitar por tudo isso, não desaparecerão simplesmente depois que o feudalismo sexual for alcançado. O feminismo é um movimento baseado na gratificação dessas forças psíquicas, as permanentes e odiosas necessidades de mulheres misândricas, e sem estarem sujeitas a quaisquer limites enquanto for necessário fazer os homens sofrerem ainda mais.

Visões utópicas supostamente apresentam a sociedade perfeitamente justa e moral, mas na verdade, elas prevêem o fim da moralidade completamente. Utopia é aquilo em que ninguém toma uma decisão imoral; assim, ninguém realmente faz escolhas morais. Ao contrário, elas foram tão bem socializadas — por meio da intimidação ou de lavagem cerebral — que elas sempre fazem as mesmas escolhas. Esta pequena fantasia boba tem inspirado tiranos a enviar milhões de pessoas para a morte. O início da modernidade é marcado pelos dois exemplos mais proeminentes disto: as Revoluções Francesa e Russa. Ambas foram travadas na premissa de que o antigo regime daria lugar a uma nova era da perfeição humana. Ambas terminaram em fracasso, mas não antes de banhar seus países em sangue. O historiador Hippolyte Taine escreveu que, foi invocando “a liberdade, a igualdade, a fraternidade” que os arquitetos da Revolução Francesa foram capazes de “instalar um despotismo digno de Daomé, um tribunal semelhante ao da Inquisição, e de realizar hecatombes humanas semelhantes às do Antigo México”. Da mesma forma, presumia-se que o Comunismo era a realização da liberdade e de todo o potencial humano — até ser efetivamente realizado. Países comunistas reprimiam e matavam de fome suas populações, faziam-nas trabalharem até o ponto de exaustão, proibiram a liberdade de expressão, expurgaram os dissidentes e invadiram outros países com um entusiasmo para a conquista imperial que deve ter se mostrado muito surpreendente para aqueles que viam o comunismo como uma ideologia de paz. E tudo isso, não para qualquer objeto existente — não por terras, ou por recursos, ou pela liberdade — mas por uma ordem social que nunca existiu e que apenas foi imaginada.

Não devemos esperar que os países Feministas — com F maiúsculo, estabelecidos pela Governança Feminista — sejam diferentes. Países feministas sofrerão repressão e morrerão de fome, eles irão enviar homens e mulheres dissidentes para campos de trabalhos forçados, eles irão proibir a discussão aberta, cometerão assassinatos em grande escala e eles irão invadir outros países, tudo em nome da liberação das mulheres. Se há alguma coisa que podemos aprender com os últimos cem anos, é que a humanidade falha repetidamente em aprender as lições importantes. Depois dos homens, qual grupo será perseguido? Será que todos nós ficaremos dando voltas no espaço e tempo, como se nossas características biológicas nos fizessem representantes daqueles que parecem semelhantes a nós? Após os horrores do Regime Soviético e do Holocausto, não é sensato estarmos todos de acordo em parar de julgar grupos heterogêneos de pessoas pelos padrões bio-essencialistas, e parar de condená-los todos ao inferno na terra por causa dos aparentes crimes de uma minoria (seja em referência aos Sábios de Sião ou ao “patriarcado”)?

Agora, eu estou bastante ciente que, fazer estas perguntas simplesmente não vai mudar nada. Certamente não vai mudar nenhuma mente feminista. Mas eu não estou aqui para suplicar às feministas. Estou aqui para interrogá-las, para envergonhá-las em seus planos futuros, e para espalhar a palavra a respeito do que esses planos são. Porque mesmo o autoproclamado iluminado e progressista movimento feminista não aprendeu a lição de que a humanidade deve agora estar bem mais experimentada.

Em contraposição a elas, eu digo — que a paz esteja convosco.

Adam


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Notas do Tradutor:
1 Refere-se à propaganda política.
2 Uma imagem das tais réguas disponível em: <http://www.neatoshop.com/product/Great-Women-Rulers-of-Science>
3 Ver em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Snake_oil>
Pick-Up Artist [PUA] é um homem ou grupo de homens [PUAs] não-feminista que possui uma maior preocupação em fornecer aos homens, ferramentas para que eles possam ter maiores habilidades sexuais e sedutoras com as mulheres; O sexo é sua meta. PUAs também se preocupam com o estilo de vida dos homens, incentivando o auto-aperfeiçoamento deles em vários campos de suas vidas, como técnicas de auto-ajuda.

5 Softcore: Soft core ou softcore é um gênero pornográfico contendo apenas nudez, sexo e cenas sexualmente sugestivas. A presença de cenas (ou fotos) contendo pênis eretos, penetração e ejaculação é vetada. [Citação em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Softcore>].

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KOSTAKIS, Adam. A Conseqüência Final do Feminismo, Parte II [The Eventual Outcome of Feminism, Part II] [em linha]. Tradução de Charlton Heslich Hauer. [s.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em: <http://gynotheory.blogspot.com/2011/03/eventual-outcome-of-feminism-part-ii.html>. Acesso em 05 out. 2015.


Atualizado e revisado em 05 out. 2015 às 17:02h

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