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domingo, 6 de julho de 2014

Introdução aos Grupos e Movimentos Pró-Masculinos e Antifeministas


Veremos a partir de agora algumas definições e caracterizações dos principais grupos e movimentos que tratam de questões e causas masculinas. Você, caro leitor, provavelmente já deve ter visto ao menos alguma coisa sobre esses grupos/movimentos, os quais lidam com direitos, questões e problemas dos homens. Tais definições, aliadas às diferenças entre tais grupos, e às diferenças em relação ao feminismo, poderão servir como um recurso para que o leitor reconheça o grupo com o qual se identifica mais.

Antes, quero só dizer que não sou a autoridade oficial no assunto, e que minha posição a respeito não é a palavra final sobre o mesmo. As seguintes definições e caracterizações são fruto do que aprendi com diversas figuras proeminentes dos respectivos grupos/movimentos, e baseadas na minha interpretação pessoal, tomando minha própria experiência como guia. Sinta-se à vontade para sugerir novas definições, corrigi-las ou ampliá-las.

Principais Grupos e Movimentos Pró-Masculinos e Antifeministas
  • Movimento dos Homens (composto pelos quatro seguintes grupos ou submovimentos): 
          a) Masculinismo (1ª onda);
          b) Movimento pelos Direitos dos Homens (MDH) (1ª onda);
          c) Movimento pelos Direitos Humanos dos Homens e Meninos
              ou, simplesmente, Movimento pelos Direitos Humanos Masculinos (MDHM)
              (2ª onda); e
          d) Movimento pelos Direitos dos Pais;

  • MGTOW (Do Inglês: Men Going Their Own Way): Homens Que Seguem Seu Próprio Caminho;
  • Conservadores Tradicionalistas (Tradcons);
  • Conservadores Sociais (Socons);
  • PUAs (puros) e HBD/PUAs;
  • Jogadores;
  • Antijogadores;
  • Mulheres Cristãs;
  • Outros (indivíduos e grupos menos numerosos).
O que significa cada um desses movimentos/grupos? Quais são seus objetivos e características? No que eles se diferenciam e se assemelham? 

1) Movimento dos Homens

O “Movimento” dos Homens não é fácil de ser definido. Na maioria dos países, ainda é um movimento de BASE, e não um movimento propriamente dito. Na verdade, usamos essa palavra MOVIMENTO de um modo muito solto porque ainda não encontramos uma palavra melhor para atribuir, já que em nossa forjada e artificial sociedade, o significado dessa palavra costuma ser associado com radicais diletantes segurando megafones e bonecos gigantes, fazendo apelos em nome das tartarugas marinhas ou alguma outra causa exótica. O que define o nosso movimento é que muitos homens, por causa das injustiças reais que tantos de nós estamos enfrentando, têm chegado a uma consciência comum de que existem graves problemas políticos, legais e culturais que afligem os homens na nossa sociedade. E, na verdade, não se pode dizer que o Movimento dos Homens é apenas um movimento, mas, vários e diferentes movimentos que mais ou menos fluem juntos. Além de ele ser chamado também de Movimento pelos Direitos dos Homens (ou, conforme aponta a nova tendência, Movimento pelos Direitos Humanos dos Homens e Meninos), podemos dizer que ele também engloba o Movimento pelos Direitos dos Pais e o Masculinismo.

Ao longo dos anos, o ativismo feminista tem inoculado no mundo uma série de inovações, forjadas em detrimento dos cidadãos do sexo masculino, seja direta ou indiretamente. E não se trata de “perda de privilégios”. Referimo-nos a prejuízos verdadeiros em um sentido objetivo, absoluto, onde os direitos mais básicos dos homens vêm sendo violados.

Feministas vêm, sistematicamente, incitando o ódio contra uma população-alvo, e têm, sistematicamente, usado sua força para promulgar leis e políticas que vêm privando esta população-alvo de: bem-estar, saúde, felicidade, segurança, uma boa reputação, julgamentos justos e outras coisas necessárias.  E esta população-alvo é nada menos que a metade da raça humana! E isso não é pouco! Pelo contrário, é importante e deve(ria) ser tratada como tal.

O Movimento dos Homens emerge nas décadas de 1960 e 1970 quando muitos homens, no início, e em seguida, também mulheres, começaram a perceber que havia inúmeras forças discriminando homens e meninos sistematicamente. Foram essas forças que geraram o despertar da consciência masculina. É em reação a essas forças que muitos homens começaram a perceber que eles, como grupo, também tinham interesses políticos, como grupo.

Principais “submovimentos” do Movimento dos Homens

A ordem a seguir não está dada em termos de importância do movimento. Fizemos desse jeito apenas por motivos didáticos.

1.1) Masculinismo

Masculinismo (ou Masculismo) é um movimento contido na chamada 1ª onda do Movimento dos Homens. O Masculinismo é a contraparte masculina do feminismo. Considerando que o feminismo destrói os papéis de gênero (embora, apenas seletivamente, onde isso beneficia as mulheres), o Masculinismo reforça-os. O Masculinismo basicamente acredita que os papéis de gênero são diferentes para homens e mulheres, e que os dois sexos não são iguais, mas análogos. Masculinistas acreditam que os homens não podem ser vitimados pelas mulheres em casos de abuso sexual, estupro, violência doméstica, etc., ou ao menos, que esse tipo de vitimização não deve ser perseguida. Masculinistas não duvidam dos estudos científicos sobre violência doméstica, os quais dizem que as mulheres são tão violentas ou mais violentas do que os homens nos relacionamentos. Mas eles acham que há uma maneira certa e uma maneira errada de lidar com isso. A maneira errada seria fazer com que a indústria da violência doméstica se transformasse numa coisa maior do que já está. Nesses casos, eles acham que a solução mais sensata seria a de remover as autoridades da equação, e deixar cair a pretensão da “igualdade”. Eles acreditam que fazer valer a igualdade em uma situação fundamentalmente desigual, seria favorecer quem está em vantagem, que nos casos de violência doméstica, para eles, geralmente seria o homem (mesmo as pesquisas mostrando os casos de agressões severas e assassinatos cometidos por mulheres), e em outros casos, a mulher é que estaria se favorecendo com a “igualdade”. O objetivo dos masculinistas é acabar com toda a indústria da vitimização (que é corrupta e dá ao Estado o poder de destruir os direitos dos homens), ao invés de torná-la ainda maior, colocando homens como mais uma “classe-vítima”.

Aqueles que são adeptos do Masculinismo são chamados de masculinistas ou masculistas. Como o Masculinismo surgiu como uma reação aos efeitos maléficos do feminismo a partir do momento que estes começaram a se tornar aparentes, os masculinistas são também chamados de “reacionários”. Eles muitas vezes defendem a “dominação” masculina em determinadas áreas específicas (como no serviço militar) e atribuem alguns outros papéis especificamente para mulheres.

Notas importantes:

Não só no Brasil, mas em alguns outros países, muitas pessoas tendem a identificar o Masculinismo com o Movimento pelos Direitos dos Homens. Embora estes dois movimentos tenham pontos em comum, eles são diferentes. Eles não são o mesmo movimento (como veremos a seguir). Assim, um Masculinista e um Ativista pelos Direitos dos Homens não buscam exatamente a mesma coisa. Uma outra observação: eu não aconselho tomar o Wikipedia como fonte absolutamente confiável de pesquisa quando o assunto é “questões de gênero”. Feministas invadiram várias páginas da internet deturpando os conceitos originais.


1.2) Movimento pelos Direitos dos Homens (MDH)

Um movimento que defende a conscientização sobre os direitos e as questões dos homens, e que luta e levanta a voz contra as leis e políticas que são discriminatórias com os homens em temas como: violência doméstica, falsas acusações de violência doméstica e estupro, divórcio, saúde masculina, guarda dos filhos, fraude de paternidade, licença-paternidade, adoção, educação, recrutamento militar obrigatório, seguro social, segurança, direitos reprodutivos, raptos parentais por estrangeiras e privilégios femininos, discriminações contra os homens e o combate à cultura e políticas misândricas em geral. Ou seja, o MDH lida com a realidade prática.

O Movimento pelos Direitos Homens está longe de ser tão popular quanto o feminismo, em parte porque a maioria dos homens simplesmente não acredita ou não sabe que há algum tipo de discriminação sistemática contra eles, gerada pelo avanço do feminismo, o qual tem travado uma guerra de gênero contra o sexo masculino. O feminismo pinta a si mesmo como uma coisa igual a todas as mulheres, dando a percepção errônea de que se você é contra o feminismo, você seria visto como contra as mulheres. Feministas repetem esse mantra incessantemente. Ludibriados por essa falácia, é por isso que na chamada guerra de gênero, muitos homens simplesmente não aparecem ou se retiram (e, pior, eles ainda desprezam as pessoas que são contra o feminismo, considerando-as misóginas).

Não existe (nem nunca existiu) apoio do governo ou secretaria para a proteção dos direitos dos homens (só os direitos das mulheres são reconhecidos política e legalmente). Quase nenhum político (ou celebridade ou jornalista) fala sobre direitos dos homens. Na verdade, a maioria dos políticos (celebridades e jornalistas), ou são feministas, ou apóiam o feminismo de alguma forma. Portanto, o MDH é basicamente um movimento auto-sustentado (ou seja, recebe apoio apenas dos seus próprios adeptos), composto por um grupo de pessoas (os Defensores/Ativistas dos Direitos dos Homens) espalhando a consciência sobre direitos e problemas dos homens, em sua grande maioria, por meio de recursos on-line, mas também, algumas vezes, com cartazes, faixas, etc. Como não há financiamento por parte do governo, provavelmente a única fonte de financiamento de apoio ao MDH são de eventuais doações.

Um dos princípios fundamentais do movimento é a não-violência (a violência não é tolerada, nem mesmo no discurso, por exemplo, nos comentários). Outro é a verdade e a honestidade intelectual (sem citações, ou distorções em declarações, fora de contexto)

Ultimamente o MDH tem tido algum sucesso em trazer algumas mudanças positivas reais no sistema judicial e em outras esferas, ou de forma direta (mediante o envio de cartas para os políticos, os tribunais, etc) ou indiretamente (espalhando a conscientização sobre as questões dos homens, criticando as políticas misândricas, etc):


Diferenças fundamentais entre Masculinismo, MDH e Feminismo

O exemplo a seguir talvez não seja o melhor exemplo, mas espero que transmita uma boa noção da diferença entre tais movimentos. Atento só para que não o interprete de maneira excessivamente literal.

Considere dois jovens estudantes: um rapaz e uma moça. Em um exame anual, suponha que o rapaz tenha feito os seguintes pontos nas disciplinas abaixo:

  • Artes: 50 pontos em 100.
  • Português: 60 pontos em 100.
  • Matemática: 70 pontos em 100.

E que a moça tenha feito os seguintes pontos nas mesmas disciplinas:

  • Artes: 70 pontos em 100. 
  • Português: 60 pontos em 100.
  • Matemática: 50 pontos em 100.

Masculinismo:  Masculinistas acreditam que o resultado foi normal, porque o total de pontos de cada um foi igual, e o número de pontos de cada um difere com a disposição de cada aluno em particular. E como esse resultado também reflete uma preferência natural antiga adotada por homens e mulheres, e tem sido muito bem sucedida por vários e vários anos levando a todos os tipos de desenvolvimento, os masculinistas querem este modelo (papéis de gênero) de volta. Por isso é que às vezes eles são chamados de tradicionalistas e reacionários.

Feminismo: Feministas acreditam que há um grande problema no resultado, porque a moça não obteve os mesmos pontos que o rapaz em Matemática. Então elas elaboram e exigem meios (usando o poder da autoridade do Estado) para aumentar artificialmente a pontuação da moça em Matemática, e assim, se igualar com a do rapaz, ou artificialmente impor restrições à pontuação do rapaz para coincidir com a da moça. Mas observem que elas não fazem nada para uma igualdade em Artes. Assim, o resultado final é um declínio de forma geral na pontuação do rapaz e um aumento na pontuação da moça. Ou seja, a supremacia feminina.

Obviamente, isso vai de encontro ao que masculinistas consideram correto. Logo, masculinistas são antifeministas. Eles consideram tudo bem que o rapaz possa ficar pra trás em Artes e que supere a moça em Matemática, pois isso está de acordo com as habilidades e a escolha dele, enquanto a moça pode ficar pra trás em Matemática e superar o rapaz em Artes, de acordo com as habilidades e escolhas dela. Em outras palavras, deixe que os homens sejam homens e mulheres sejam mulheres, como eram biologicamente predispostos para seus próprios papéis diferentes.

Movimento pelos Direitos dos Homens (MDH): Os Defensores/Ativistas dos Direitos dos Homens acreditam que, agora que a exigência das feministas de fazer os sexos completamente iguais foi aceita (o mundo tem sido feminizado), então, que pelo menos elas sejam honestas com isso. Assim, se existem esforços para fazer com que o resultado da moça seja igual ao do rapaz em Matemática, então os Defensores dos Direitos dos Homens reivindicam que:

(1) Não deve haver qualquer esforço para limitar artificialmente a pontuação do rapaz em Matemática para fazer com que ela seja igual a da moça. Ou seja, a promoção das mulheres é uma coisa boa, mas ela não deve ser feita à custa dos homens, e

(2) Também deve haver esforços para “igualar” a pontuação do rapaz com a da moça em Artes. Do contrário, haverá uma supremacia feminina. Mas, um detalhe: eles reivindicam a promoção dos homens, sem que com isso afete as mulheres.

Ou seja, o MDH tem como objetivo a igualdade de oportunidades, diferentemente do objetivo das feministas que querem uma igualdade de resultados (ou igualismo/igualitarismo, mas APENAS onde isso favorece as mulheres).

Por isso, obviamente, os Defensores dos Direitos dos Homens também são contra o feminismo, e diferem também do Masculinismo, porque o Masculinismo não quer uma igualdade “exata” por disciplina, mas uma igualdade no sentido global.

Mas a igualdade de oportunidades para as mulheres já existe, enquanto que para os homens não (“ações afirmativas”, “discriminação positiva”, Lei Maria da Penha, etc).

Refletindo um pouco sobre as reivindicações (1) e (2) acima mencionadas, os Defensores dos Direitos dos Homens mostram que a única solução que tais reivindicações levam é à igualdade de oportunidades, a qual era a proposta inicial das feministas como forma de obter apoio do público em geral. Só depois é que elas começaram a mostrar suas verdadeiras cores.

Talvez esse exemplo da pontuação do rapaz e da moça e da “igualdade exata por disciplina” não seja o melhor exemplo para mostrar o objetivo dos Defensores dos Direitos dos Homens. Abstraia um pouco e pense nessa “igualdade exata” para casos de julgamentos perante a lei, aposentadoria, alistamento obrigatório, etc. Ou seja, querer a igualdade “exata” por disciplina quer dizer que eles querem chamar a atenção para os homens que estão ficando pra trás em determinados campos, e há a necessidade de se fazer algo sobre isso, assim como é feito quando as mulheres estão (supostamente ou não) atrás.

SE essas reivindicações fossem ouvidas, naturalmente, ninguém seria a favor de algo especificamente apenas para os homens (já que se trata de algo politicamente incorreto, e as feministas não tolerariam isso). No entanto, qualquer financiamento com a intenção de ser destinado apenas para programas para mulheres teria que ser dividido em partes iguais. As leis e políticas que favorecessem especificamente as mulheres teriam que ser reformadas para “as pessoas”, com sexo/gênero neutro. Todos os espaços que permitissem apenas as mulheres teriam de ser mais inclusivos, e assim por diante. Resumindo, para os Defensores dos Direitos dos Homens, todas essas mudanças levariam a escolhas e oportunidades iguais para homens e mulheres, eles não necessariamente colocariam mais homens nesses campos, mas os homens teriam a oportunidade, se assim o desejassem.

A diferença dessas reivindicações para as das feministas é que, enquanto as feministas querem tratamentos especiais para uma igualdade de resultados, alegando sobre exemplos de áreas em que as mulheres ficam atrás, os Defensores dos Direitos dos Homens querem apenas uma parte igual de qualquer tratamento, mencionando os exemplos das áreas onde os homens ficam pra trás. Em outras palavras, no exemplo que colocamos no início do texto, as feministas dizem, “a moça está com uma pontuação inferior a do rapaz em Matemática, e isso não é justo. Canalizem mais dinheiro para fazer com que a pontuação dela se iguale à dele nessa disciplina”. Enquanto que os Defensores dos Direitos dos Homens dizem “o rapaz está com uma pontuação inferior a da moça em Artes. Por isso, com o dinheiro endereçado para o problema da pontuação mais baixa da moça em Matemática, deixem metade para o problema da menor pontuação dele em Artes. Isso abordaria ambos os problemas”. Essa reivindicação, se aceita, conduziria a igualdade de financiamento para ambos e, portanto, resultaria em igualdade de oportunidades, ao menos de uma forma financeira. Embora não seja o ideal de (ou exata) igualdade de oportunidade, isso seria o mínimo, já que o ideal de igualdade de oportunidades simplesmente não é possível numa política feminizada. Os governantes, políticos, jornalistas, grandes empresários (e até mesmo o público em geral) só entendem a linguagem da vitimização (em termos de resultado), não da oportunidade justa para todos.

Masculinistas vêem problemas, não só com relação à “igualdade de resultados”, mas com aquilo que o MDH chama de “igualdade de oportunidades”, porque os masculinistas acreditam que também teríamos sérios problemas com questões de sustentabilidade se “direitos” continuassem sendo concedidos da forma como estão sendo.

O sistema está completamente corrompido. É por isso que os masculinistas querem uma destruição completa deste sistema e uma ressurreição do antigo, enquanto o MDH acredita que está tentando evitar o colapso, tanto quanto o possível, tentando reparar suas partes no que for possível.

1.3) Movimento pelos Direitos Humanos dos Homens e Meninos ou Movimentos pelos Direitos Humanos Masculinos (MDHM) — A nova tendência do Movimento dos Homens

Depois que o MDH começou a se fazer mais visível, feministas e outros críticos começaram a atacar o movimento, acusando-o de querer trazer de volta “direitos patriarcais” [sic], muito embora o movimento sempre estivesse lutando pelos direitos mais básicos dos homens. 

O MDH também se preocupa(va) com os direitos humanos dos homens, mas, talvez, o movimento tivesse esquecido de dizer isso em voz alta o suficiente, dando brecha para que seus adversários o definissem. Muitas organizações feministas começaram a atrair outros grupos, difamando o MDH ao dizer que este movimento, por ser não-feminista, queria trazer de volta a toda força aquilo que elas chamam de “patriarcado”, a “opressão às mulheres” e a outras classes consideradas “minorias”. 

Devido às acusações e à forte cultura misândrica arraigada na sociedade, o acrônimo MDH apresenta(va) uma ênfase (no sentido negativo)… um estresse na palavra “HOMENS”. Portanto, o acréscimo do termo “Humanos” se deu na tentativa de esclarecer que eles não estão atrás de regalias e tratamento especial, e que eles só querem que sua humanidade seja reconhecida. A ênfase que estava no termo “Homens” agora passa para o termo “Humanos”. A idéia é “bloquear” a ideologia feminista, silenciando os detratores dos “direitos dos homens”, adotando uma posição mais elevada e difícil de ser refutada. Ao estabelecer a idéia de que “os direitos dos homens são direitos humanos”, qualquer pessoa que estiver contra você vai estar na posição difícil de ser contra direitos humanos para os homens. Assim, nasce em janeiro de 2013 a 2ª onda do Movimento dos Homens — o Movimento pelos Direitos Humanos dos Homens e Meninos ou, simplesmente, Movimentos pelos Direitos Humanos Masculinos (MDHM).

Aqui está um resumo do MDHM, elaborado por um dos seus membros mais proeminentes, o norte-americano Peter Wright (traduzido para o português e publicado em A Voice for Men Brasil):

  • O surgimento de uma rede nacional e internacional (em vez da primeira onda, que era pobremente conectada);
  • Inclusiva de todos: mulheres, homens, heterossexuais e homossexuais, trans, brancos, negros, são ativamente envolvidos (em vez da predominância branca hétero da 1ª onda);
  • Estritamente antiviolência (em vez da tolerância à violência ocasional de primeira onda);
  • Anti-dominação do Movimento por tradicionalismo (que dominou a primeira onda);
  • Anti-dominação política partidária (a 1ª onda era dominada pelo sentimento de direita);
  • Inclusiva de pessoas de todas as fés, conquanto tendo tolerância zero com proselitistas (A primeira onda teve uma leve predominância da religião ocidental);
  • São geralmente antifeministas, anti- ginocentrismo e anti-misandria (como na primeira onda) e são amplamente orientados para os princípios dos direitos humanos;
  • São mais comprometidos com a construção de pontes entre o movimento e a comunidade em geral (ao contrário da 1ª onda);
  • Elaboraram uma História sócio-política mais aprofundada da misandria e do ginocentrismo (ao contrário das tentativas irregulares da primeira onda);
  • Desenvolveram um discurso mais sofisticado sobre questões sexuais / psicológicas / sociais / políticas para informar a base da MRM (mais do que a 1ª onda).

MDH x MDHM x Masculinismo

O leitor deve concordar que deixar claro os objetivos de um movimento é importante para combater estereótipos, conflações e falso agrupamento, e para deixar as pessoas interpretarem se determinado movimento está agindo na prática o que diz na teoria.

Muitos adeptos veteranos do MDH norte-americano acham desnecessária a colocação do termo “Humanos” no acrônimo, pois, eles afirmam que já incorporavam muitos pontos acima, que já lutavam por direitos humanos, e que por isso, a “simples” colocação de um novo termo no acrônimo não elevaria os homens ao nível retórico de seres humanos.

Já alguns adeptos “modernistas” (ou “pós-modernistas”) do Movimento dos Homens, os Defensores dos Direitos Humanos dos Homens e Meninos, afirmam que a diferença não é só na retórica, e sim, que o movimento agora deixa claro sua postura “não-tradicionalista” quanto a papéis de gênero, e sua tendência mais “humanista”, coisa, segundo eles, que o MDH não havia feito.  

Pessoalmente, não vejo muitas diferenças significativas entre o MDH e o MDHM, mas vejo, sim, que ambos diferem bastante do Masculinismo. Tenho convivido há anos na comunidade masculina, e tenho visto que grande parte não só dos masculinistas, mas, dos tradicionalistas em geral, rejeitam o rótulo de Defensor/Ativista dos Direitos dos Homens. E a recíproca é verdadeira. 


1.4) Movimento pelos Direitos dos Pais (Papais

O Movimento pelos Direitos dos Pais é um movimento, cujos membros, os Ativistas/Defensores pelos Direitos dos Pais, agem na defesa da consciência dos direitos dos pais e pela remoção de leis e políticas que são discriminatórias para com os pais (em termos de direitos de visita, guarda dos filhos, pensão alimentícia, etc). Ao contrário da alegação das feministas de que o pai é desnecessário na vida de uma criança e que possui perigosa influência às crianças, há estudos que demonstram que o amor do pai possui grande influência sobre o desenvolvimento da personalidade da criança, e que a falta de amor dos pai pode destruir a vida das crianças. Uma pesquisa mostra que 23% das meninas mais novas com pais ausentes “tornam-se adolescentes deprimidas” — mostrando tristeza ou cansaço grave, e são quase 50% mais propensas a ter problemas de saúde mental do que as meninas mais velhas. Quase 10% dos meninos chegam à adolescência sofrendo de depressão, e a porcentagem salta para 17% (o que é 10% maior do que os meninos cujos pais viviam com eles) na faixa etária dos 5 aos 10. O estudo também mostra que homens e mulheres são igualmente hábeis em identificar o choro de seus filhos, e a precisão depende apenas da quantidade de tempo que um pai passa com a criança. Há razões científicas para a presença dos pais na vida das crianças também.

No entanto, até mesmo os políticos têm medo de admitir esse simples fato, e juízes feministas abertamente afirmam que é normal discriminar o pai, enquanto as mães regularmente colocam o pai pra fora de casa usando a força da lei, ao fazerem as reivindicações mais ridículas, erradas e desprovidas de fundamento, estas serem levadas em conta por tribunais de procedimentos judiciais injustos, tendenciosos e de resultados precipitados e pré-determinados que quase sempre levam a punições severas (como no caso em que uma criança fez xixi na cama, e o pai foi acusado de tê-la abusado sexualmente). Por exemplo, de acordo com o direito da família na Colúmbia Britânica, as crianças não têm direito a seu pai biológico sem o consentimento da mãe. Os pais foram declarados como opcionais, como se fossem fraldas — e a mãe pode dispensar o verdadeiro pai da vida da criança, substituir por outro homem e nomear este como o pai, apenas por este ter levado o garoto ao parque e ao cinema algumas vezes. A lei realmente não faz distinção entre o pai biológico da criança e qualquer outro homem — tudo depende apenas da mulher, tudo o que ela acha que é do seu melhor interesse (enquanto a lei faz parecer que é “do melhor interesse da criança”). O pai verdadeiro (biológico) nem sequer tem um fim de semana de consolo com seu filho, se a mãe assim o decidir, e têm ainda menos direitos do que o pai adotivo, se a mãe assim o decidir.

Esses tribunais de cartas marcadas corruptos feministas (os quais os americanos os denominam “tribunais canguru”) agem de maneira diferente quando é pra mandar de volta às mães, aquelas crianças que foram abusadas por essas mesmas mães. É bem conhecido (como afirma este experiente juiz de uma vara de família) que as mães usam as falsas acusações de abuso infantil como arma contra o pai nos casos de pensão alimentícia/guarda dos filhos. Os tribunais canguru usam “especialistas” amadores, além de magistrados federais e juízes que são fortemente dependentes de “provas periciais” inadequadas para determinar se um diagnóstico de abuso sexual infantil deve ser feito, sustentando as acusações falsas. Há também as mães que utilizam a força policial para atacar descaradamente até mesmo meninos, e levá-los detidos. Na verdade, quando se trata de assuntos legais, até mesmo as mães lésbicas não-biológicas têm mais direitos do que o pai biológico. Estatísticas sugerem viés de gênero contra o(s) pai(s) nos casos de encarceramento: as mulheres que não conseguem pagar pensão alimentícia são encarceradas apenas um oitavo dos homens com violações similares. Um pai biológico não pode nem mesmo ter seu sobrenome na certidão de nascimento da criança, a menos que a mãe permita, mesmo que ele seja obrigado a pagar a pensão alimentícia, quando a mãe a reivindica. Aqui estão alguns dos termos de uma linguagem de constrangimento usada contra os pais por feministas ou por muitas mulheres (e até mesmo pela grande mídia): 

São chamados de “pedófilos”: quando os homens querem o direito à guarda dos filhos, ou sair com eles pra passear, ou mesmo sentar-se com eles em uma secção de uma biblioteca para crianças, etc. Na verdade a remoção do pai, de sua casa, é mais um convite para eventuais pedófilos verdadeiros, incluindo aqueles no governo e nos estabelecimentos privados de assistência à infância.

São chamados de pais caloteiros: quando os homens não ganham o suficiente para pagar uma pensão em caso de divórcio e, portanto, são, ou trancafiados na prisão ou precisam fugir das autoridades como criminosos. Aquelas mães que são canalhas e prevaricam nunca são responsabilizadas por suas escolhas irresponsáveis.

A descartabilidade da figura paterna se torna dolorosamente evidente para qualquer homem quando ele está em um local público com os filhos (ou, em geral, quando qualquer homem está próximo a crianças), aí vem uma mulher estranha e pergunta: “São, realmente, seus filhos?” Ou toda vez que um homem é convidado a assinar um termo de consentimento dos pais e os únicos campos impressos no papel são “Mãe”, “Avô(ó)”, ou agora, o termo da moda,  “Cuidador(a)”. Homens estão continuamente recebendo a mensagem secreta de certos setores que, como pai, eles não importam verdadeiramente, exceto como doadores de esperma. A mídia retrata os pais de maneira negativa, até mesmo no Dia dos Pais; e não é só a mídia — os cartões disponíveis do Dia dos Pais também retratam como desnecessários e sem importância os pais são. As feministas argumentam que Dia dos Pais (mas não o Dia das Mães) deve ser banido porque ele não seria “suficientemente inclusivo”.

Ao mesmo tempo, quando um pai quer ter um papel ativo na vida de seus filhos, a ele são legalmente negados todos os direitos; e se ele protesta ou pede ajuda contra esta tirania feminista, ele é demonizado novamente. Isto é, em primeiro lugar, os direitos dos pais são retirados, forçando-os ou a desistir ou ir de encontro ao sistema; e, depois quando os pais protestam, seus atos são criminalizados, rotulando-os como impróprios para se tornarem pais, e mais direitos dos pais são retirados. Este ciclo repete. (E não é apenas a negação legal da paternidade, este tipo de círculo vicioso é a norma na perpetuação de muitos dos problemas dos homens.) Nos EUA, por exemplo, grupos de mulheres, como a NOW (Organização Nacional de Mulheres), também se opõem aos direitos dos pais, mas elas consideram uma situação normal as mães que abusam de seus filhos. Estes grupos feministas usam o poder político e o dinheiro do “contribuinte” para espalhar a sua agenda de ódio, pintar os Ativistas/Defensores pelos Direitos dos Pais em uma luz negativa em suas publicações, e espalhar o ódio e a desinformação sobre eles. (Claro, suas acusações falsas nunca são acompanhadas com algum tipo de evidência para apoiar as suas reivindicações.) 

Aqui estão alguns casos de mães agressoras ou perigosas. Há também casos de filicídio (ato deliberado de matar seus próprios filhos) por mães.

Esses movimentos, juntamente com outros movimentos e grupos que mostraremos a seguir, compõem o que chamamos de “Androsfera”.

O que é Androsfera? (do Inglês: androsphere; também conhecido nos países de língua inglesa como manosphere

É um conjunto de sites e blogs dedicados a questões e causas dos homens e, que ajudam os homens a conhecer mais sobre a sua posição real no sistema, os seus direitos e questões, informando-lhes sobre as novidades e acontecimentos afins os quais coletivamente são conhecidos como a androsfera. Além da androsfera, há também outros recursos para aprender sobre os direitos e as questões dos homens; por exemplo, literatura (livros publicados), músicas, vídeos, filmes, documentários, etc.

Nota: há um renomado contrafeminista, o americano Fidelbogen, que não gosta muito dos termos “androsphere” e “manosphere”, por achar estes meio ultrapassados, e também pelo fato de ser difícil saber se tal grupo pertence ou não a mesma androsfera. Ele prefere usar simplesmente o termo “ciberespaço”.

2. MGTOW (acrônimo em língua inglesa para “Men Going Their Own Way”): Homens Que Seguem Seu Próprio Caminho 

(Nota: uma forma menos comum é MGHOW: Man Going His Own Way, ou, Homem Que Segue Seu Próprio Caminho.)

Não há um consenso sobre uma definição objetiva de MGTOW. Mas será que existe algo que seria comum a todos os Homens Que Seguem Seu Próprio Caminho, apesar das diferenças de perspectivas em seus adeptos? Uma definição universalmente aplicável ao movimento? Creio que sim, e podemos dizer o seguinte: o movimento MGTOW preocupa-se com a autodeterminação masculina.

A autodeterminação refere-se simplesmente ao direito que cada ser humano tem em determinar o curso de sua vida, e aplicar a autodefesa nessa direção. Há figuras no Movimento dos Homens que (devido a esses pilares de autodeterminação e autodefesa) afirmam que todo Defensor dos Direitos Humanos dos Homens e Meninos seria MGTOW (ou MGHOW). Já outros que afirmam que o MGTOW seria um subconjunto parcialmente sobreposto ao MDHM. É bom lembrarmos que a autodeterminação e a autodefesa já existiam antes do surgimento propriamente dito do MGTOW. Podemos também afirmar que implícito na definição de autodeterminação está a oposição ao, e a rejeição do, ginocentrismo como sendo a antítese da autodeterminação masculina. Homens que concordam com diretivas ginocêntricas, tais como homens pró-feministas, estão apoiando a  “determinação dos outros” ou a “determinação de si próprios pelas mulheres”. Estes, sem dúvida, não são MGTOW. 

Por isso, uma enorme parte dos MGTOW são “antitradicionalistas” em relação a papéis de gênero (assim como o MDHM também é), mas não necessariamente contra idéias conservadoras em geral. Os MGTOW geralmente englobam a visão de que um homem tem o direito exclusivo de decidir quais os seus próprios objetivos na vida, em vez de aceitar objetivos conferidos pelos outros, ou por consenso social de seus pares, ou indivíduos de status social mais elevado, ou por coletivos. Geralmente, as identidades ou metas conferidas tradicionalmente aos homens são reconhecidas e rejeitadas pelos homens MGTOW por serem prescritivas, utilitaristas, e vantajosas para os outros à custa da socialmente e não reconhecida autodestruição ou marginalização masculina.

Muitos dos MGTOW se cansaram do governo e da sociedade constantemente dizendo-lhes como viver de acordo com as suas expectativas, e de como ser “bons homens”; portanto, deixaram de se preocupar mais com o governo e com a sociedade, e passaram a viver a vida de acordo com as suas próprias escolhas e seu próprio padrão. Muitos, inclusive, tentam se separar do sistema o máximo que eles conseguem.  Estes acreditam que a destruição do sistema será inevitável, então eles tentam ficar de lado, esperando a cena acontecer, tentando viver da melhor forma possível. Originalmente, muitos desses homens costumavam ter casamentos ou relacionamentos de longo prazo com as mulheres, mas desde que o Estado começou a entrar nos quartos das pessoas (ferrando com os homens nos casos de violência doméstica, casamentos e todas as relações duradouras, divórcio, guarda dos filhos, etc), esses homens MGTOW agora estão avessos ao casamento e a relacionamentos duradouros. Eles têm relação sexual com as mulheres, buscam sexo pago, etc., mas não qualquer tipo de relacionamento (ou paternidade) com uma mulher em que o Estado pode entrar e destruir a vida deles. Exceto por tomar tais precauções com todo o sistema, os homens MGTOW fazem tudo o que qualquer outra pessoa faz (eles trabalham, têm seus próprios negócios, viajam, fazem amigos, assistem a filmes, curtem a vida, etc). Mas há também um subgrupo de homens MGTOW que evitam completamente ter relações sexuais. 

As feministas, incapazes de culpar o MGTOW na saga delas de vitimização das mulheres, tentam constranger os MGTOW acusando-os de... você sabe... misoginia. As feministas afirmam que uma vez que os homens MGTOW, via de regra, não confiam nas mulheres (e não apenas naquelas que abusam de seu poder legal para destruir as almas dos homens, já que de fato o “mofo cresce em determinadas condições”), então, na visão delas, eles devem odiar todas as mulheres. O movimento MGTOW, sendo o que é, não pode se importar com esse tipo de acusações vazias, mas alguns dos homens MGTOW até chegam a argumentar que o fato de perder a confiança nas mulheres não tem nada a ver com misoginia, e sim, com precaução. Assim como você manter as portas fechadas da sua casa não significa que você considera todos os transeuntes, ladrões (mas aquele que você deixou entrar, pode ser), e assim também como você evitar cobras, mesmo quando se sabe que nem todas as cobras são venenosas, e isso não significa que você acredita que todas as cobras sejam venenosas (mas aquela que você decidiu tocar, pode ser), os homens MGTOW argumentam que, enquanto nem todas as mulheres usariam o poder judiciário para arruinar a vida deles, o problema, em primeiro lugar, é que todas as mulheres têm esse poder desbalanceado sobre a vida dos homens, o qual as mulheres podem usá-lo a qualquer momento. E um número muito grande de mulheres tem mostrado que elas vão usar esse poder de forma maliciosa sempre que lhes apetecer — porque elas têm apoio (legal e social) e incentivos (culturais e financeiros) para usá-lo. Portanto, entrar em uma relação com uma mulher é como jogar a roleta russa — um jogo mortal de azar em que um revólver é carregado com apenas uma bala, e os participantes se revezam atirando em sua própria cabeça depois de girar o tambor.

Além disso, assim como as mulheres afirmam que elas são independentes e os homens são desnecessários, os MGTOW contra-argumentam que as mulheres também são praticamente desnecessárias para os homens para um relacionamento /casamento e não trazem nada de relevante



O MGTOW é uma consciência em evolução de autodeterminação e um modo de ver a vida. Ao contrário de muitos movimentos de hoje, onde apresentam objetivos coletivistas, o MGTOW é um movimento integralmente “individualista” (no sentido moral, político e social, como capacidade de exercer a própria individualidade). 


3. Conservadores Tradicionalistas (também conhecido nos países de língua inglesa como Tradcons)

São não-feministas, mas possuem uma maior preocupação com a fé em Deus e na religião; com o casamento nos padrões religiosos; com a família, a tradição, a moral e os costumes; com o patriotismo, regionalismo; com a alta cultura, etc. Tendem a combater o feminismo apenas em pontos específicos, como o aborto.

4. Conservadores Sociais (também conhecido nos países de língua inglesa como Socons)

Também são não-feministas, mas apresentam uma maior preocupação com valores tradicionais e familiares; com temas pró-vida, como o combate à eutanásia, ao aborto, às pesquisas com células-tronco; Opõem-se à prostituição e aos bordéis, à poligamia, à adoção gay, ao sexo antes do casamento ou não-matrimonial, à pornografia e à permissividade sexual. Também tendem a combater o feminismo apenas em pontos específicos, como o aborto.

5. PUAs (“puros”) e HBD (biodiversidade humana)/PUAs

[Nota: PUA (Acrônimo em língua inglesa para Pick up Artist).] 

Possuem uma maior preocupação em fornecer aos homens, ferramentas para que eles possam ter maiores habilidades sexuais e sedutoras com as mulheres; O sexo é sua meta. PUAs também se preocupam com o estilo de vida dos homens, incentivando o auto-aperfeiçoamento deles em vários campos de suas vidas, como técnicas de auto-ajuda.

PUAs têm uma grande presença na androsfera, muitos seguidores em geral e, nos EUA, os mais conhecidos ganham muito dinheiro vendendo DVDs, aulas de sedução, etc. Costumam aparecer nas comunidades masculinas e antifeministas. Talvez para ganhar uma aparência de seriedade (e ganhar mais adeptos). Via de regra, PUAs não são um grupo dos mais estimados por adeptos dos outros grupos da androsfera.

6. Jogadores

Os “jogadores” são muito parecidos com os PUAs. Possuem a mesma preocupação que os PUAs no sentido de usarem ferramentas para que possam ter maiores habilidades sexuais e românticas com as mulheres e no sentido de querer fazer com que os homens aceitem e se adaptem à realidade social para que eles possam aproveitar a vida de uma forma melhor e mais prazerosa. Mas esses dois grupos apresentam algumas poucas diferenças. Talvez a maior delas seja que, enquanto os PUAs procuram passar técnicas sexuais e sedutoras apenas para uma noite (já que o sexo é seu objetivo), jogadores usam essas técnicas para tentarem construir relacionamentos mais fortes e duradouros.

7. Antijogadores

Possuem uma maior preocupação em combater o jogo, os jogadores e os PUAS, por terem convicção de que eles prejudicam o MDH, e de que o jogo seja uma das maiores formas de ampliar o feminismo e suas influências nocivas, já que estaria colocando a mulher num pedestal.

8. Mulheres Cristãs: Grupo formado, em sua grande maioria, por mulheres que valorizam a ortodoxia e a complementaridade. São não-feministas e guiam seu comportamento e a vida por meio da Bíblia. Podemos dizer que formam um subgrupo dos Tradcons e Socons.


Alguns exemplos de sites, blogs e páginas dos diversos grupos e movimentos

Páginas que focam nos Direitos dos Homens:
Angry Harry (Reino Unido) — Pai do Movimento dos Homens na internet , Francisco Serrano (Espanha) 

Páginas com conteúdo predominantemente masculinistas:

Páginas que mesclam conteúdo predominantemente masculinista com Direitos dos Homens (MDH): 

Páginas que focam nos Direitos Humanos de Homens e Meninos (MDHM):

Páginas que focam nos “Direitos do Pai”:

Páginas que mesclam predominantemente conteúdos sobre autodeterminação masculina, antiginocentrismo e antifeminismo, e que também combatem os privilégios especiais femininos e a violação aos direitos naturais (humanos) masculinos:

Sexo PrivilegiadoGynocentrism Theory (EUA), Pro-Male/Anti-Feminist Technology (EUA)

Páginas com conteúdo predominantemente sobre autodeterminação masculina (“MGTOW”):

Páginas “Conservadoras Tradicionalistas e Sociais”:

Páginas de “Antijogadores”:
The Black Pill (EUA)

Páginas “Antifeministas”:
THE COUNTER-FEMINIST (EUA), Amigo, Tua Namorada é Feminista, Feminismo Diabólico

Páginas “Antifeministas/Mulheres Cristãs/Conservadoras Sociais”:
Mulheres contra o feminismo

Páginas com conteúdo “HBD/PUA”:
CHATEAU HEARTISTE


Sinopse

Portanto, há duas tendências principais emergindo de toda essa atividade:

1) O Antifeminismo: Movimentos e grupos que fazem oposição política ao feminismo como ideologia e como construção social. No núcleo dos movimentos e grupos antifeministas está o esforço para atrair a narrativa cultural e o debate público, de modo a controlar o real significado do termo “feminismo” (o qual atualmente é controlado por seguidores dessa ideologia). A posição oficial feminista é a de que ser “antifeminista” é igual a ser “antimulher”, e as próprias feministas têm incentivado tal falácia na mente do público, tratando dois conceitos distintos como se fossem um. 

Alguns antifeministas, para evitar as falácias de que ser antifeminista é ser igual a antimulher, adotam outros nomes como “contrafeministas” ou até mesmo “não-feministas”.

A posição anti(contra)feminista é a de que o feminismo é pernicioso e em grande parte, fraudulento, e repleto de:

(a) Pessoas que são corruptas e viciosas, e
(b) Pessoas com boas intenções, que são ludibriadas pelo primeiro grupo. São as chamadas “idiotas úteis”.

Há uma rede global de disseminação de pensadores e escritores dedicados a desconstruir o feminismo como narrativa cultural, e expor a verdadeira face por trás da máscara, por assim dizer. A quantidade de recursos intelectuais investidos neste empreendimento é bastante considerável.

2) Movimentos Pró-Masculinos: Movimentos dedicados não tanto para descontruir o feminismo, mas para fortalecer a condição e a solidariedade para com os homens em uma escala global. A tendência atual são os “direitos humanos masculinos”. 

Os movimentos pró-masculinos são compostos por diversos grupos, pessoas, partidos políticos e escolas de pensamento que estão agora em processo de se tornarem mais conectados e organizados.

Atualmente, o país de maior atividade pró-masculina é a Índia, com cerca de 100.000 adeptos, em rápido processo de crescimento. Lá eles têm uma máquina sofisticada de lobby e uma forte presença nas ruas.

A separação entre “pró-masculino” e “contrafeminista” é meio artificial. É utilizada mais como espécie de diferença de foco ou ênfase. O amplo consenso é que, a fim de ajudar os homens, você deve enfraquecer o feminismo, mas ajudar os homens também é uma excelente maneira de enfraquecer o feminismo. Há muitas divergências sobre quem faz parte ou não dessa atividade. O importante é que as coisas têm mudado rapidamente, de certa forma, e a ação está se deslocando cada vez mais da androsfera para um espaço real.

E você, em qual grupo ou movimento você se sente mais confortável? Mais de um? Nenhum? Eu sei que como acontece com qualquer simplificação, estas descrições das categorias não são perfeitas, e nem todo mundo na androsfera se encaixa perfeitamente em qualquer categoria. Além disso, mesmo dentro de cada categoria, pode haver uma significativa amplitude de perspectivas. Ainda assim, eu acho que essa descrição dos principais “campos” da androsfera está aproximadamente precisa, e ajuda a conceituar as principais diferenças entre eles. Bem, tudo que foi dito aqui é só um rabisco do que está acontecendo. Espero que tenha ajudado. 

A. Hauer

Atualizado em: 17 out. 2016.